Lentamente mortal

Em pé no meio de todas as ruínas,
olha em redor cheio de ansiedade,
não distingue o sonho do que é verdade,
só pensa naquilo que tu abominas.
Então fica hirto a sentir a vibração,
é nova e displicente em ali estar,
ele serro mordaz mais um para jogar,
é bom sentir (se) aquela desilusão!
Do infeliz que ficou preso naquele sonho...
- Deves ser tu o meu novo brinquedo suponho!

Fala calmamente e não levanta o pó,
e cheira o próximo pedido chorosa "daquilo",
para ser rápido... mas não consegue impedi-lo!
Ele é lento meticuloso doentio e só.
Depois de tantos cortes em tantas direcções,
A "coisa" já se cansou de tentar responder,
Na esperança de o adormecer de ele já não querer,
Mas ele esperava isso e também gosta de inacções.
É um prazer doce, ver a impotência e o desespero,
a crescer e devorar a alma de quem já nada espero.

Já nem a incapacidade o pára agora,
já não faz diferença em que lado da vida ele mora!