Como uma infusao do chá que mais gostas,
Assim quente e aromatizado, sobe ele pelas costas,
Vai nuca a cima e entrelaça-se nos cabelos,
Numa viagem longa que te arrepia todos os pelos!
Como leite creme ainda mal acabado,
As maos fugidias escorrem pelas tuas extremidades,
E o teu corpo é como que levado, a um estado mais elevado,
O mento é revolucionário, criador de novas liberdades!
Como a almofada á qual agarras as tuas inseguranças,
Na qual deitas os sonhos e os transformas em esperanças,
Asssim está o sorriso dele do qual nao te cansas,
É seguro sem ser sempre fixo... Na vida há muitas mudanças!
Sabes Fi... que o que aqui me atrevo a dizer,
É feito para ti... mas com o receio de sair a perder,
Como te disse somos feitos inteiros como ser,
Estou contigo na duvida e na confiança.. no que acontecer!
Somos só um
De mão aberta
Vou enfrentar a vida com a mão aberta,
Porque de mão fechada raramente se acerta,
Pelo menos é nisso que quero intimamente acreditar,
Enquanto o exterior me tenta incessantemente empurrar.
Sento-me e rapidamente passo à inacção,
Deixo que pensem e digam tudo o que me farão,
Num futuro sem alicerces realmente permanentes,
Num discurso seguro... enquanto o meu é cheio de parêntesis.
Fecho os olhos para não ver como tudo voa á minha volta,
Como me incomoda realmente alguém ficticiamente se comporta,
E a verdade vai ficar escondida na minha alma á solta,
Sinto então que me apagam a vontade... que me fecham a porta.
Olho para o infinito daquele lugar que me mantém preso,
E sinto a vontade que quase me tiraram... Desprezo!
E é de intervenção o novo ímpeto que em mim cresce,
Será agora que acção vem e o controlo se desvanece?
Fica a hipótese para posterior consideração...
Não! Faz, age no momento presente sem hesitação!