De mão aberta

Vou enfrentar a vida com a mão aberta,
Porque de mão fechada raramente se acerta,
Pelo menos é nisso que quero intimamente acreditar,
Enquanto o exterior me tenta incessantemente empurrar.

Sento-me e rapidamente passo à inacção,
Deixo que pensem e digam tudo o que me farão,
Num futuro sem alicerces realmente permanentes,
Num discurso seguro... enquanto o meu é cheio de parêntesis.

Fecho os olhos para não ver como tudo voa á minha volta,
Como me incomoda realmente alguém ficticiamente se comporta,
E a verdade vai ficar escondida na minha alma á solta,
Sinto então que me apagam a vontade... que me fecham a porta.

Olho para o infinito daquele lugar que me mantém preso,
E sinto a vontade que quase me tiraram... Desprezo!
E é de intervenção o novo ímpeto que em mim cresce,
Será agora que acção vem e o controlo se desvanece?

Fica a hipótese para posterior consideração...
Não! Faz, age no momento presente sem hesitação!

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