Zero... á direita ou á esquerda tanto faz

É com prazer que coloco aqui um poema feito pelo Luiz e pelo Emanuel... Thank you Soz

Parece que a nossa sina nesta vida é só uma:
Já estar condenado antes de poder sequer respirar
Dizem que o que querem é quem as possa amar...
Mas foi distracção e grande paixão... era só mais uma!

Podiam ter sido especiais, quiseram ser só isso... apenas mais uma...
Podia até ter sido demais, mas como o esquiço... a visibilidade é quase nula.

O nosso sentimento por elas nada muda...
O coração não aprende... porque por elas não se estuda...
Dizem-nos para esqueecer, para uma esponja no passado passar
Disseram-me que para crescer, é preciso mais que encarar,
Mas tudo o que eu pedia era quem eu/me pudesse amar...
Que podesse ficar, sem medo de arriscar de (me) ganhar.
Mas parece que no final era pedir muito...
Será? Um sentimento assim.... Era só nulo?
Amores de um dia... Nem eu sabia que isso existia...

Saber escrever o que sinto é complicado,
Mas mais complicado ainda é saber como com estes sentimentos lidar...
Será que sabes onde as nossas palavras te querem levar?
Ou será que quem te está a cegar é quem estás a amar?
Se assim é como vou eu poder continuar?
A te amar, a te admirar, a te desejar...
Será que no fim só tenho direito a olhar...
A imaginar como podia ser...se me desses uma hipótese…
Vou ficar por aqui a remoer... ou será que tenho de viver?
Por vezes penso em tudo arriscar...
Mas analiso e já te dei o que tinha a dar...

Silhuetas

Disforme conforme a uniformidade,
das formas que tornas liberdade...

Diz que sim... suave como tu,
delicado e assim... eu em ti flutuo,
pairo no corpo que é nosso,
faço em segredo o que posso e não posso,
Mas sem esforço, bem devagar,
porque os dedos servem para saborear,
Porque o toque serve para te fazer sorrir,
Para que tudo hoje... só possa brilhar...

Simples na realidade, complicado na mente,
como se a verdade, fosse um força permanente,
diz-me sossegadamente... amar...
Ouve deliberadamente... sussurrar.

Que a sedução não é do que dizemos,
Nem do puro momento em que estamos,
é de tudo aquilo que queremos,
Do que sintemos que temos e não temos,
O estado de alma que compartilhamos.

Silhuetas de linhas turvas, imaginariamente perfeitas,
Canetas que delineam curvas, sentimentalmente feitas..

Se as palavras não chegam para defenir,
não fales, sente.
Porque para te fazer sorrir,
basta estar á tua frente.

Se ser será sentir...

Deixas de acreditar para constactar tudo o que sabes,
e depois de deixar andas perdido em multiplas fazes,
Seres tu ou não sermos nós os mais capazes,
Não justifica a incompreenção de algumas das nossa frases.

Pensa e lê novamente o que escrevi, interpreta por ti,
Dizes que pensas mas vi-te, por que não vi nada,
Pensas que dizes mas ouvi-te, num silencio de uma entrada,
Um silenciar artico,
Um vaziu cheio de expressões que ouvi vezes sem conta (sem nada)
Raramente reconfortantes são as expressões com ponta (muito afiada)
Ás quais me esquivo me vejo e desejo, com a alma pronta (mas cansada)
a paciencia exacerbada ouvir tantas vezes o que eu proprio digo.

Um exercício de paciencia incomensurável,
Seria manter-me assim por demasiado tempo,
Não ser dono de uma pressonalidade intratavel,
E ser penalizado por ser demasiado atento.

Beijar qualquer um beija...
Dizer qualquer um diz...
Mas sentir por mais puro que se seja,
não é para um aprendiz.

Esconde-te (do meu amor)

És tu quem eu quero,
tu em todo o meu desespero....

És tu de manhã... á tarde... sempre em mim,
porque á noite sinto-me sozinho sem ti,
preguntas-me, no sonho, o que senti?
Senti que sem ti é execrável sentir...

Domino-me para não demostrar (o que senti)
Seguindo o segundo que passou sem parar,
mas que me deu tempo para pensar (somente em ti),
a pairar no ar fica a injustiça de não exclamar,
de esconder, tapar e abafar.

Sempre com medo de não ser capaz,
Sou de um sentimento capataz,
o servo que cumpre escondido a missão,
de esconder o que lhe vai no coração!

Mas grita, mas solta tudo o que há!
Anda, corre, mas diz a todos, vá!
Sem poder, porque querer eu quero,
Sem ficar, porque corro mas não quero,
Sem falar, porque com o silencio sou sincero...
Dá me a liberdade que eu quero!

Mas ficas aqui sem outras intenções,
Sem mais ou quaisquer outras demonstrações,
xiu... sem exaltar outros corações....

Esconde porque mostrar é coragem,
onde? preguntas quando perderes a carruagem!

Soberana (a) verdade

Do passo que deste para descer,
Vão dois passos que não deste para crescer...
Tudo planeado ao promenor para poder ser,
tudo desembaraçado sem o promaior de viver.

Não te esqueças que a lembrança pode ferir,
Mais que o esquecimento que entretanto vai surgir,
Não te esqueças de te lembrar, para não parares de respirar,
Porque se páras agora morres sem sequer te poderes cansar.

Estafados do corpo mas contentes da vida,
o vicio deste Homens é vencer sem sair da partida,
que afinal é chegada, a propria daí saída,
Mas que chega estando parada.

Ficas confuso, não entendes as letras,
difuso é o sentimento a que me tentas,
se eu não o sei que direi? que escreverei?
Escreve-lo-ia se o souvesse escrever,
Dize-lo-ia se o soubesse dizer,
Mas no final o que sei é sentir,
Por isso é que com palavras não me podes mentir,
e como a qualquer alma não nos mente,
ès condenada a dizer-me a verdade para sempre.