Sentidos inacabados...

Sobem as gotas grossas por mim,
Ficam-me na cabeça nos ombros nos pés e assim,
andei eu com o choro dos anjos mais 100 metros,
até chegar a mais uma caixa onde todos quietos,
adormecem a vida a pensar num descanso que é ter onde trabalhar,
Que temos nós no coração para nos monopolizar,
as mãos a conscenciencia e o pensamento,
chego ao destino sem que me cortem nada por dentro,:
sem que fique uma acção por registar,
E o os meus olhos fechados de tanto imaginar.


(ainda vou acabar este poema mas para já deixei assim)

Diario (das sobras) da sociedade

Presos ao seus diamantes de lata,
Valorizam - se conhecem a palavra - os adereços,
Procuram - e tu ja sabes o quê - validação na prata,
Mas não encontraram barras de respeito feitas de ouro...
Não encontraram - sabes que não - respeito em casacos de couro.

É sempre o mesmo ritmo melancólico, viciados na saudade,
Adicionados como ingredientes dispensáveis mas disponíveis,
Aglomera-os a sociedade temendo que tenham ideias parecidas com a liberdade.

"Estúpidos!", são parvos os que pensam em esticar a mão e ajudar,
Delicados e dedicados a uma fome e pobreza que não vai acabar,
Pensando eu em mim não deixo lugar para a intrumissão de outros,
Tratando eles de si nunca deixaram cair o seu escopro,
Com o qual esculpem a sua obra, que de prima nada tem,
Porque isso implicaria ligações e essas vão num sopro,
E assim a consciencia da vida leva o derradeiro soco.

Parvos com a falta de egoismo e egocentrismo dos demais,
Pensarão que não são eles que com atrasos verbais e mentais,
Constroem as opiniões, os ideais dos demais, dos que estão a mais,
Mas demais nunca são se servirem para provar a razão,
Que estes seres dizem nunca por em questão.

Ser ou não ser será enfim a questão?
Como responderá a próxima geração?

Dilaceração

Morde-me por dentro e fica a remoer,
E eu sem espaço para mais remorsos,
E sem espaço para crer... caiem os braços mortos,
Do cansaço que é andar com a guarda sempre levantada,
Do cansaço que estar sempre entre a parede e a espada.

Rompe-me psicologicamente todo o esforço,
E a força que dantes suportava a ilusão cai,
É bom assim não sou enganado dos pés ao pescoço,
Sobrará a cabeça para planear por onde se sai,

Estrangula tudo o que antes foi puramente criado,
e faz com que perca proposito o valor exaltado,
E outrora espesso composto e mais forte...
Deitasse num leito que quase se chama morte.

Esbofeteado inumeras vezes pela vida aprendi,
Que confias quando confiam em ti.