Sem saída

Uma incursão minha pelo meu próprio dark side... sei que não estarão habituados a esta linguagem da minha parte mas neste dia apeteceu-me explorar o sotão e cave de todas as experiências menos boas que ja tive.

Aos mais sensíveis pede-se cuidado ao ler e lembro que é apenas um poema não uma declaração de princípios.




Sigo a sociedade no caminho para o trabalho,
Ansioso por poder ter poder de retalho,
Cortando o que não interessa... não falho.

Os gritos que se estendem e que eu não sei ouvir,
Vejo sim as caras, os olhos os gestos bruscos a surgir,
Mas não é névoa como direi mais tarde para a fotografia,
é nítida, tem cheiro e cores e pormenores de que não se desvia.

Já me encheram de porrada, deitando tudo cá para fora,
Sou só a dor que não espelho e eles apenas o seu empenho,
Pontapeando e esmurrando com a autoridade da escoria,
Mas eu aguento, porque a vingança é a unica coisa que tenho.

Sou qualquer coisa indefenida, e irrecunhecivel no chão,
Pedra com as pedras que ao meu lado estarão,
Nos proximos momentos em que os olhos se fixam,
Na pura vontade, raiva e rejeição que emanam.

Não é num lugar sombrio que estou agora pronto,
Estou num sitio onde o sol bate só num ponto,
Encadeando os "inocentes" que nem dão conta,
Sou uma alma, uma cabeça uma arma pronta.

Encarcerado nesta missão confiada á minha mente,
todos me dizem muito mais que simples demente,
E se de repente... desse flash lucido surpreendente?
E eu castigasse como me castiga toda a gete?

Muio mais que mata-los sem piedade,
Seria enfim um acto de liberdade.

Convicções

O raio da doença de ficar a debitar a alma,
e perco a paciência com isto que me corroí,
Mas não consigo dominar a calma que me destrói.

São mil analises criticas, ideias que acham ter direitos,
De ficarem despidas de prismas de rótulos autocolantes,
Tudo isto são pré-conceitos... compartimentos estanques.

E mais uma vez se nota que a mensagem não é positiva,
Mas lêem o que não escrevo ou estão só a ler?,
Entra na matéria cognitiva... não deixes de o sentir e viver.

Asfixiado o que chega ao papel é um quinto do que penso,
E liberto-me a custa de instância perfurante
Mas se paro descompenso.. e fico um pouco mais aberrante.

Uso as palavras que tu não querias ter der ver escritas,
Para poder ser sincero com o mundo que me põem em questão,
Sou as vossas criptas que guardam tudo o que ainda ressentirão.

Chamem me então insolente, imprudente utópico-dependente,
Mas serei cada linha que o medo vos impediu de poder evoluir,
Não por ser maior mais valente.. mas verdadeiro na arte de reconstruir.

E já farto de tanta hipocrisia lamentavelmente generalizada,
Aceitas porque é assim e tem de ser, esperam que concondes,
Mas sê então a heroína alada.... que eu espero que acordes.

Sou, Sei. Sinto.

Com mil cuidados entro no teu olhar,
Para que não o desvies sem eu me concentrar,
Sou versos, mas tu és o significado.
És a inspiração á qual ando colado.

Mais que todos os teus cabelos,
Que sem querer aprendi a seguir,
Sou os gestos... que só quero repetir.

Somos um só, quando penso só em ti,
Mas não sei se é homogénea a simplicidade,
Que não me esqueci de encontrar em ti.

Já não sei onde pára o meu olhar,
Porque te percorre acelerado sem parar,
Mas envergonhado por só te querer abraçar.

Sempre que os lábios que quero tocar se movem,
São mil desejos, interesses, loucuras que me ocorrem.
São tantas as palavras que não correm...

As linhas que escrevo são o sub-texto que quero lido,
Como as linhas todas que com carinho e atenção eu sigo,
Sei bem o que consigo... Amar-te, respeitar-te, ficar contigo

Sei que sou repentino quando expludo em sentimento,
Mas terá de sair tudo tal qual o armazeno aqui dentro.

Liberdade, Respeito e Verdade

Sobram as noites que conta,
E daquelas que, extenuado, perdeu a conta.
Sobra uma sombra companheira do seu faz de conta.

Mas sem se arrastar segura a esperança com força,
E quando correria mais rápido que qualquer côrsa...
Fica especado á espera que a vida o dobre o torça.

Do aço que não é feito... faz-se ceder aos poucos,
Mas levanta-se para levar nova dose de problemas... socos,
Destinados a deixar de pé apenas uns poucos.

É agora um exercito que marcha na sua direcção,
Aglutinando o positivo... deixando á vista a devastação,
Mas olha de frente intuitivo... combate com o coração.

E mais lhe escondem as verdades que julgam não querer saber,
Mais ele tem de descobrir para poder se reconhecer,
Mais fundo, intimo, franco... a verdade é o seu poder.

A mensagem que pôs na garrafa deixada á humanidade,
Foi a humildade de reconhecer a imperfeição... sua lealdade,
A arma de humanização maciça... é a liberdade, respeito e verdade.

Á força da verdade

A força que tenho para gritar,
destruiria a minha garganta d'um só golpe,
Porque a raiva que sinto dá para alimentar,
Guerras de milhares de dias... como que a galope,
Mas guardo o que estou a pensar... num poético envelope.


Gastaria a minha pele esfolando-me para entender,
O que é que faz avançar todas as piores figuras que eu conheço,
E deixar-me-ia então aceitar o meu papel de apenas entorpecer,
Mas eu sei que é demasiado o preço e melhor o que mereço.


Cansado demais para que possa movimentar os membros poéticos,
Fico apático... e assim peco pela ausência da minha opinião fundamentada,
Agastado em demasia com todos problemas deveras patéticos,
Gasta-me assim o diabo da vida que eu queria forte e sustentada.


Fazem em tão jogos psicológicos, apenas para construção negativa,
Porque assim podem reutilizar todas as fraquezas como apenas aparentes,
Mas tudo o que querem é manipular, usar, controlar de forma ostensiva,
A mente da humanidade... palavra que há muito deixo de ser saliente.


Os livros da escola contam aquilo que se conseguiu medir,
Os poemas são distorsões... mas são verdades do que estamos sempre a sentir

Fica para ver

Seguiu o trilho das palavras ouvidas,
E susteve a respiração nas engolidas.
Ficaram como não ditas as essenciais,
e foram ditas de novo as demais... banais.

Encontra no coração milhares de estilhaços,
Que lhe ameaçam a vida do pensamento livre,
Mentiras, traições, preconceitos como barras de aço,
que fazem com que a consciência subtilmente vire.

E agora fica parada a ver a vida escorrer na janela,
A bater na porta... a soprar pela fresta,
Já não vive... catatonica ela apenas vela,
Pela razão, o movimento, a intuição que lhe resta.

Sem temer... segue pelos seus principios,
Deixa que a vida a tente em vão derrotar,
Que a alma é o maior dos seu desígnios,
Que ninguém conseguirá desmantelar.

E quando tudo estiver dito presta atenção,
É quando aprenderás e apreenderás sem interrupção.

Espaço Universal

Não são encontradas consciências,
Suficientes para que possam suportar,
Os biliões de largas deficiências,
Que nos delimitaram o olhar...

Porque pensar fora da caixa, não é clichê
é bem mais fácil do que se acha... bem mais do que se vê.

Nas histórias inventadas da Historia documentada ficas bem,
E alguém te agarra na mão no ultimo momento.. e acredita!
Nas vividas e tão multifacetadas, não contarás com mais ninguém,
Se não o teu próprio discernimento... e mais uma vez acredita!

Somos uma energia singular mas numa pluralidade incontavel,
De todas as formas feitios e dimensões, transcendentes ou não,
Dotados como tu desta capacidade de entendimento inigualável
Abre o espírito ou toda a tua existência será sobrevivência em vão.

Ficas sentado na janela do universo,
Sem perceberes o que não vês desaparecer,
Ficas estéril e sobvertido... submerso,
E agora que desapareces... que ficaste tu a perceber?

Beatriz

Queres? Vai busca-lo!... e mais nada te direi,
Sabes? Então vai ensina-lo.. pára de agires como um Rei,
Sê menos um problema e mais parte de uma solução,
Não serve de nada encarar a vida de olhos no chão!

O teu corpo jovem.. luta contra a sabedoria de um espirito mais velho,
Não te ocupes a desejar como seria estar do outro lado do espelho,
Pega no sentido positivo e executa-o com a convicção,
De quem age com a cabeça sem menosprezar o coração.

Sei que o que peço te perece impossivel,
Mas serás mais ambicioso que irrachivel,
Quando crescer fizer parte de ti diarimente,
Vai! Já! E agarra a vida com a vontade de um doente!
Em que a esperança em melhorar é o único ar existente.

Que todas coisas boas ou más sejam um presente,
Que constroi quem ser+as tu num futuro.
Que todos os sentimentos não te detrurpem a mente,
Mas o meu desejo é que não te tornes em granito puro e duro.

Usa a armadura, porque sei que precisas de protecção,
Mas mostra aos outros que sabes como eles realmente são.

Não abdiques de ser justa, leal, compreenciva e respeitadora,
Não deixes de atacar, quando defender fôr uma questão de honra.

Quando decido não lutar

Sempre que o sentimento não vale nada
Digo a mim mesmo que vai passar num instante…
Mas o Mundo roda sobre ele mesmo e fica pior,
Mas acredito com a força estóica de um lutador.

Sou mil coisas, mas nada chega para me sentir,
Completo, tranquilo sem necessidade de resistir,
Aos ataques espirituais que me estão a desferir…

É descrença.., e parecendo indiferença eu sigo em frente,
Porque ganhei pequenas batalhas… sempre humilde e decente,
E quando o que digo esbarra num vale aberto onde ecouo,
Fico a ouvir-me ecoar… e vejo á distância, é ai que me perdouo.

Somos feitos daquilo em que acreditamos,
E do que mais tarde vimos a compreender,
E para chegar mais longe do que hoje estamos,
Temos de saber ouvir, perguntar e aprender.

Não te posso obrigar a gostar daquilo que faço,
Mas não passe para lá do desprezo que eu tambem não passo.

Sou velho...

Sou velho... tolhido e tremido pela vida,
Um trapo absorto numa viela esquecida,
Sou um velho, de olhar perdido no tempo...
Sou assim porque apenas assim me suporto e aguento,

Sou velho... porque os anos já passaram demasiado por mim,
e de mãos tremulas acredito infantilmente que ainda precisam de mim,
Sou levado e divago pelos pensamentos que insistem em ser lembranças,
Que sou eu se não um monte infundado de esperanças?

Planos? sou velho... não tenho tempo para nada,
e é isso que me ocupa o tempo, e mal tratada,
Continua a memória a memoria daquilo por que passei,
porque passado já não, presente não sei e futuro não terei.
Apenas queria não esquecer aquilo que ainda sei.

Sou velho... um empecilho p'raí esquecido, como uma encomenda,
Daquelas que nunca chega ao destino... ahh.. agora já não tem emenda!
Oiço os passos ao fundo que me gritam aos ouvidos a visita,
Quando olhares para mim serei um velho com a vida circunscrita.

Já nem velho sou... nem humano apenas a lembrança de alguém,
Quantas gerações durarei? uma? duas talvez?
Assim que se esgotar o que ensinei, morrerei de vez.

Ficarei preso

Insistindo mais uma vez, fico mais perto,
A mentira que conto é o mais concreto,
O toque será não o que sinto mas o mais esperto…
Fico segundos ou dias a achar que fiz certo.

Driblei as minhas emoções, fintando o obvio,
Fica-me a saber amor aquilo a que chamava ódio,
Baralhado, estando em ultimo achando-me no pódio…

Estando tudo controlado, sou então dono de mim,
Acho-me e vejo-me assim… num pedestal sem fim.
Protegido da opinião alheia… que para mim nem é areia…

Presunção quando penso no que faço,
Mas analisando bem o que criei como espaço,
Já não vivo de outra maneira… nem se quer outra reconheço,
Porque na vida inteira… criei este muro espeço, que não esqueço.

Ficarei eu protegido do bom e do mau, do interessante e ignorante,
Ficarei preso porque quero no meu próprio instante.

Demasiada Filosofia

Sistemas cheios e complexos,
De elementos conexos com múltiplos nexos,
Sem piedade neurológica dos efeitos,
Que produz, produzindo o material de que somos feitos.

E em estereótipos se divide aquilo que era homogéneo,
E classicistas experimentam teses que não ajudarão,
Isto é um nó de marinheiro, e precisara de um toque de génio,
Para purificar e simplificar os sentimentos dos que se seguirão.

Olhando vejo sol e chuva na mesma hora,
Observando fico por aqui e agora…
Desisto de ti! Vou-me embora…

Mas, porque há sempre um em qualquer momento,
Fico mais um instante que dura todo o tempo,
Aquele que a vida compreende,
A observar a humanidade diluir-se lentamente.

Chorar? Mas porquê? Eles caminham livremente,
Frustrar tentativa de correcção consecutivamente,
Já deixou de ser uma opção,
E incluir-me-ei na reprimenda porque não sou oposição,
E tentarei a emenda de fora até ao coração.

A força de um sonho

Não sei se iram sentir aquilo que senti a escrever este poema que é puro e simples amor.
Quem é... sabe e é isso que interessa. Espero que comentem!



Resta ver o que me quiseres mostrar,
Que no meio de tanto doçura eu vou ficar,
Á espera que me deixes descobrir e desfrutar.

Eu gosto assim desta minha maneira descarada,
Sem vergonha mas com timidez e sinceridade sublimada,
Pelo desejo que é querer só… e não querer mais nada.

Ficaria incontáveis tardes contando todo o nosso futuro…
Ficaria noites intermináveis a sentir-te juntos no escuro..
Mas assalta-me o medo de te parecer demasiado inseguro.

E agora quero mostrar tudo o que sou e sem conseguir,
Queria ver ao menos que soubesses o que estou a sentir,
Não desisto porque acarinhar, sorrir e amar não é desistir.

È implacável a força que me move em frente,
Mais forte que a consequência mais contudente,
Que é a que mais vezes se repete ultimamente.


Vou ter esperança só desta vez, colabora comigo no sonho,
Vou lutar por aquilo em que acredito e atingir o que proponho.
Vã a força que tem este meu sonho!

O incessante

Sujas as almas, como as palmas da mão,
E cegos até ao fundo do coração,
Ficaremos gigantes de pedra sem noção.

E o esgar de desgosto corre pela cara,
Separando a visão que o sentimento deturpara,
Da capacidade de destruição que inteligência se chamara.

Então culpabiliza-se por não conseguir realizar…
Sem perceber nem aprender o que lhe está a faltar,
As vezes a palavra certa, faz tanta falta como o ar.

Recebe então uma pilha de valores e atitudes,
Sem saber como lidar com aquilo esperam que estudes,
Mas não te aceitam como és, esperam que tu mudes.

Então chutou tudo isso para um canto e fez dele pensante,
Tudo o que aprender sofrerá mudanças num instante,
Por isso abrirei os olhos, o coração e alma ao incessante.

E se eu fosse tudo...

Para a Bea cheio de tudo o que significas para mim... pena não conseguir passar mesmo tudo. Espero que gostem!

Há infinitas combinações que poderemos fazer,
De cores, de numeros e até do que queremos ser,
Mas só uma depende de ti.

Existem inumeras sucessões de pensamentos que jorram,
De emoções que contorcem o corpo e razão torram,
Mas só uma se sobrepoem em ti,

Porquê recusar-mw o olhar? se te quero tanto,
Porquê repelir o meu tocar? que anseio quase em pranto.
Porque me páras, e me deixas assim...

Qual seria o resultado se fosse alguem diferente?
Se fosse aquela junção perfeita que alguem deseja ter pela frente?
E se eu fosse tudo... derrepente... lentamente.

Momentos (do coração)

São momentos em que a felicidade brota,
E que depressa a solidão derrota.

São instantes em que me brilham os olhos de alegria,
E mais nos quais choram diluvios os dois em harmonia.

Há quem já esteja farto de me ler estes meus gestos,
Para esses serão estes apenas versos indegestos?.

Mas para esses que até familia são,
Vai a mais profunda compreenção pela incompreenção,
Da importância que teriam ao estender-me a mão.

Vejo coisas que me revoltaram muito mais,
Toda a minha vida será um remar contra os demais?
Se não aguentar? Caírei ainda mais?

Todos fogem do intimo de mim... por ser penoso para mim?
E será que ainda assim... Serei um monstruoso repelente sem fim?
Às vezes fico no fim... A pensar se vale a tormenta tanto assim?

Queria deixar todos mais despreocupados e animados,
Mas tanto como eu serão voces os culpados.

Também sou assim…

Agora agitas a bandeira por qualquer coisa,
O sentimento ficou onde a alma já não poisa,
O gozo ficou como palavra apenas negativa,
Qualquer um pode ser o herói desta narrativa.

Explicar o que quer que seja ficou suspenso,
E a necessidade de perceber perde-se no que eu penso.
Assim se deu lugar ao que importa sou eu,
Sem crer perceber que foi que lhes aconteceu…
Porque só importará se eu tiver algo que ver,
Se me for distante, quero lá saber…

E batem-me e pregam-me e colam em mim,
Aquelas ideias, aquelas frases cheias de incoerência sem fim.

E eu, relutante e revoltante, viro do avesso!
Chuto, esmurro e nunca me detenho no acesso!
Não sei se de coragem se de puro nojo aceso.

E matam-me então com mais da infinita evidência,
Que é querer lutar contra “Pronto. Paciência…”.

O meu espelho

Ausente para que ninguém me chateie
Há demasiadas coisas que podemos dizer,
E quem diria que com um sorriso se poderia reconhecer
Que falhamos mesmo que sem querer, mesmo sem saber,
Aprendeste isto a sorrir para a tua maneira errada de viver

Tudo o que vais apanhando com as mãos cheias de sujidade,
É metade da merda que absorves com os olhos, e na verdade,
Fica o olhar baço, com tanta areia que atirar para prenderes a liberdade,
E é a olhos vistos que te enganas para que consigas suportar a sinceridade.

Enquanto arrumas, enxugas e dobras e usas as mãos para desfazer o sonho,
Agarras com elas a esperança da estúpida estabilidade que rompe o que proponho,
E usas a ponta dos dedos para trazer a alguém o prazer que entretanto sonho,
Seja instantâneo como qualquer coisa que compões e que eu disponho.

Na verdade são partes, partes de um todo que não se deveriam distinguir,
E junta-las será uma das artes que terás de aprender a esgrimir,
Ficas tu sentado em frente a mim a copiar os gestos que estou a reflectir.

Tudo é (e será) insuficiente sempre!

Sobre os olhos pousam anos e anos,
E os ombros onde se carregam planos e mais planos,
Sobre este "eu" onde por nós esperamos,
Que nos alcance a liberdade que tanto conquistamos,
A pequenina felicidade por onde nos escapamos.

Somos mil, que quer unir-se num só,
Numa unidade quase febril, em que adoecemos sós,
Numa luta em nos perdemos só a nós.

Acredito em tudo o que esta sujo, por ter sido esperimentado,
E a limpidez da qual fujo, é um medo irracional de não ser valorizado,
Empiricamente ou por pura adivinhação, seria eu esmiuçado,
Se for como já fui apreciado, e de pois largado nalgum outro lado.

Que o outro lado está sempre presente,
Porque quem pregunta não ficará contente,
Com uma só explicação muito eloquente...

Pergunta mais! sabe mais! quer muito mais!
Que do pedestal do saber tu não cais,
E qualquer milimetro roubado pela ignorância é a mais,
Faz-te perder promenores fundamentais,
Luta e perde muito! Para poderes vencer muito mais!

Vive com esperança de poder alcançar,
Vive porque não vale a pena morrer e parar.

A minha cidade no meu mundo

Sujas as pedras por onde piso a cidade,
Paredes antigas ou apenas poluídas do pó da mentira,
E os olhos num ponto que nem sequer é verdade...

Aqui vai o rapaz feito homem a olhar todas as vidas,
A questionar todas as entradas e saídas,
Das pessoas apressadas e comprometidas ou relaxadas e distraidas,
Mas sempre mecanicas, e muitas vezes nem sequer arrependidas.

Verdades suprimidas, porque as palavras são apenas traidoras,
Horríveis possuidoras da capicidade de desmascarar,
Ou da incapacidade de interpretar... para isso mais vale calar!

E esta revolta que já não se reinventa, não é autentica,
A opinião desvalorizou sempre abaixo do dólar,
E sem serem americanos carrascos, também não iriam ao altar,
Casar com a pureza e o respeito, como nenhum povo é perfeito...
Como nenhum povo pode sentir-se mais eleito.

E como se sentiram milhões de jovens na era do facilitismo?
Será que se sentem como os velhos no antigo comunismo?
Amarrados uns e outros, mas ainda assim por diferentes razões,
Os primeiros pela ganancia desmedida de fazer milhões,
Pagam esta liberdade infinita com a verdade manipulada pela mentira inscrita,
Os segundo pagaram como a avareza desinteressada dos tostões,
Que os prendeu a simplicidade de nem saberem bem dominar a escrita.

Sentidos inacabados...

Sobem as gotas grossas por mim,
Ficam-me na cabeça nos ombros nos pés e assim,
andei eu com o choro dos anjos mais 100 metros,
até chegar a mais uma caixa onde todos quietos,
adormecem a vida a pensar num descanso que é ter onde trabalhar,
Que temos nós no coração para nos monopolizar,
as mãos a conscenciencia e o pensamento,
chego ao destino sem que me cortem nada por dentro,:
sem que fique uma acção por registar,
E o os meus olhos fechados de tanto imaginar.


(ainda vou acabar este poema mas para já deixei assim)

Diario (das sobras) da sociedade

Presos ao seus diamantes de lata,
Valorizam - se conhecem a palavra - os adereços,
Procuram - e tu ja sabes o quê - validação na prata,
Mas não encontraram barras de respeito feitas de ouro...
Não encontraram - sabes que não - respeito em casacos de couro.

É sempre o mesmo ritmo melancólico, viciados na saudade,
Adicionados como ingredientes dispensáveis mas disponíveis,
Aglomera-os a sociedade temendo que tenham ideias parecidas com a liberdade.

"Estúpidos!", são parvos os que pensam em esticar a mão e ajudar,
Delicados e dedicados a uma fome e pobreza que não vai acabar,
Pensando eu em mim não deixo lugar para a intrumissão de outros,
Tratando eles de si nunca deixaram cair o seu escopro,
Com o qual esculpem a sua obra, que de prima nada tem,
Porque isso implicaria ligações e essas vão num sopro,
E assim a consciencia da vida leva o derradeiro soco.

Parvos com a falta de egoismo e egocentrismo dos demais,
Pensarão que não são eles que com atrasos verbais e mentais,
Constroem as opiniões, os ideais dos demais, dos que estão a mais,
Mas demais nunca são se servirem para provar a razão,
Que estes seres dizem nunca por em questão.

Ser ou não ser será enfim a questão?
Como responderá a próxima geração?

Dilaceração

Morde-me por dentro e fica a remoer,
E eu sem espaço para mais remorsos,
E sem espaço para crer... caiem os braços mortos,
Do cansaço que é andar com a guarda sempre levantada,
Do cansaço que estar sempre entre a parede e a espada.

Rompe-me psicologicamente todo o esforço,
E a força que dantes suportava a ilusão cai,
É bom assim não sou enganado dos pés ao pescoço,
Sobrará a cabeça para planear por onde se sai,

Estrangula tudo o que antes foi puramente criado,
e faz com que perca proposito o valor exaltado,
E outrora espesso composto e mais forte...
Deitasse num leito que quase se chama morte.

Esbofeteado inumeras vezes pela vida aprendi,
Que confias quando confiam em ti.

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