Sem saída

Uma incursão minha pelo meu próprio dark side... sei que não estarão habituados a esta linguagem da minha parte mas neste dia apeteceu-me explorar o sotão e cave de todas as experiências menos boas que ja tive.

Aos mais sensíveis pede-se cuidado ao ler e lembro que é apenas um poema não uma declaração de princípios.




Sigo a sociedade no caminho para o trabalho,
Ansioso por poder ter poder de retalho,
Cortando o que não interessa... não falho.

Os gritos que se estendem e que eu não sei ouvir,
Vejo sim as caras, os olhos os gestos bruscos a surgir,
Mas não é névoa como direi mais tarde para a fotografia,
é nítida, tem cheiro e cores e pormenores de que não se desvia.

Já me encheram de porrada, deitando tudo cá para fora,
Sou só a dor que não espelho e eles apenas o seu empenho,
Pontapeando e esmurrando com a autoridade da escoria,
Mas eu aguento, porque a vingança é a unica coisa que tenho.

Sou qualquer coisa indefenida, e irrecunhecivel no chão,
Pedra com as pedras que ao meu lado estarão,
Nos proximos momentos em que os olhos se fixam,
Na pura vontade, raiva e rejeição que emanam.

Não é num lugar sombrio que estou agora pronto,
Estou num sitio onde o sol bate só num ponto,
Encadeando os "inocentes" que nem dão conta,
Sou uma alma, uma cabeça uma arma pronta.

Encarcerado nesta missão confiada á minha mente,
todos me dizem muito mais que simples demente,
E se de repente... desse flash lucido surpreendente?
E eu castigasse como me castiga toda a gete?

Muio mais que mata-los sem piedade,
Seria enfim um acto de liberdade.

1 comentários:

JorgeS 7:14 da tarde  

Se calhar há quem leia isto e ache estranho tal conversa nesta época.
Se calhar é preciso passar alguns anos no planeta com olhar curioso e mente aberta, para não estranhar.
Sei que foi apenas uma rápida ida ao sotão. Não se mora lá. Só se vai e volta pra baixo...
Mas sei que te doi. E essa dor será fortaleza. Vou mandar-te um mail com uma coisa interessante.
Abraço