Tudo é (e será) insuficiente sempre!

Sobre os olhos pousam anos e anos,
E os ombros onde se carregam planos e mais planos,
Sobre este "eu" onde por nós esperamos,
Que nos alcance a liberdade que tanto conquistamos,
A pequenina felicidade por onde nos escapamos.

Somos mil, que quer unir-se num só,
Numa unidade quase febril, em que adoecemos sós,
Numa luta em nos perdemos só a nós.

Acredito em tudo o que esta sujo, por ter sido esperimentado,
E a limpidez da qual fujo, é um medo irracional de não ser valorizado,
Empiricamente ou por pura adivinhação, seria eu esmiuçado,
Se for como já fui apreciado, e de pois largado nalgum outro lado.

Que o outro lado está sempre presente,
Porque quem pregunta não ficará contente,
Com uma só explicação muito eloquente...

Pergunta mais! sabe mais! quer muito mais!
Que do pedestal do saber tu não cais,
E qualquer milimetro roubado pela ignorância é a mais,
Faz-te perder promenores fundamentais,
Luta e perde muito! Para poderes vencer muito mais!

Vive com esperança de poder alcançar,
Vive porque não vale a pena morrer e parar.

A minha cidade no meu mundo

Sujas as pedras por onde piso a cidade,
Paredes antigas ou apenas poluídas do pó da mentira,
E os olhos num ponto que nem sequer é verdade...

Aqui vai o rapaz feito homem a olhar todas as vidas,
A questionar todas as entradas e saídas,
Das pessoas apressadas e comprometidas ou relaxadas e distraidas,
Mas sempre mecanicas, e muitas vezes nem sequer arrependidas.

Verdades suprimidas, porque as palavras são apenas traidoras,
Horríveis possuidoras da capicidade de desmascarar,
Ou da incapacidade de interpretar... para isso mais vale calar!

E esta revolta que já não se reinventa, não é autentica,
A opinião desvalorizou sempre abaixo do dólar,
E sem serem americanos carrascos, também não iriam ao altar,
Casar com a pureza e o respeito, como nenhum povo é perfeito...
Como nenhum povo pode sentir-se mais eleito.

E como se sentiram milhões de jovens na era do facilitismo?
Será que se sentem como os velhos no antigo comunismo?
Amarrados uns e outros, mas ainda assim por diferentes razões,
Os primeiros pela ganancia desmedida de fazer milhões,
Pagam esta liberdade infinita com a verdade manipulada pela mentira inscrita,
Os segundo pagaram como a avareza desinteressada dos tostões,
Que os prendeu a simplicidade de nem saberem bem dominar a escrita.