A força de um sonho

Não sei se iram sentir aquilo que senti a escrever este poema que é puro e simples amor.
Quem é... sabe e é isso que interessa. Espero que comentem!



Resta ver o que me quiseres mostrar,
Que no meio de tanto doçura eu vou ficar,
Á espera que me deixes descobrir e desfrutar.

Eu gosto assim desta minha maneira descarada,
Sem vergonha mas com timidez e sinceridade sublimada,
Pelo desejo que é querer só… e não querer mais nada.

Ficaria incontáveis tardes contando todo o nosso futuro…
Ficaria noites intermináveis a sentir-te juntos no escuro..
Mas assalta-me o medo de te parecer demasiado inseguro.

E agora quero mostrar tudo o que sou e sem conseguir,
Queria ver ao menos que soubesses o que estou a sentir,
Não desisto porque acarinhar, sorrir e amar não é desistir.

È implacável a força que me move em frente,
Mais forte que a consequência mais contudente,
Que é a que mais vezes se repete ultimamente.


Vou ter esperança só desta vez, colabora comigo no sonho,
Vou lutar por aquilo em que acredito e atingir o que proponho.
Vã a força que tem este meu sonho!

O incessante

Sujas as almas, como as palmas da mão,
E cegos até ao fundo do coração,
Ficaremos gigantes de pedra sem noção.

E o esgar de desgosto corre pela cara,
Separando a visão que o sentimento deturpara,
Da capacidade de destruição que inteligência se chamara.

Então culpabiliza-se por não conseguir realizar…
Sem perceber nem aprender o que lhe está a faltar,
As vezes a palavra certa, faz tanta falta como o ar.

Recebe então uma pilha de valores e atitudes,
Sem saber como lidar com aquilo esperam que estudes,
Mas não te aceitam como és, esperam que tu mudes.

Então chutou tudo isso para um canto e fez dele pensante,
Tudo o que aprender sofrerá mudanças num instante,
Por isso abrirei os olhos, o coração e alma ao incessante.

E se eu fosse tudo...

Para a Bea cheio de tudo o que significas para mim... pena não conseguir passar mesmo tudo. Espero que gostem!

Há infinitas combinações que poderemos fazer,
De cores, de numeros e até do que queremos ser,
Mas só uma depende de ti.

Existem inumeras sucessões de pensamentos que jorram,
De emoções que contorcem o corpo e razão torram,
Mas só uma se sobrepoem em ti,

Porquê recusar-mw o olhar? se te quero tanto,
Porquê repelir o meu tocar? que anseio quase em pranto.
Porque me páras, e me deixas assim...

Qual seria o resultado se fosse alguem diferente?
Se fosse aquela junção perfeita que alguem deseja ter pela frente?
E se eu fosse tudo... derrepente... lentamente.

Momentos (do coração)

São momentos em que a felicidade brota,
E que depressa a solidão derrota.

São instantes em que me brilham os olhos de alegria,
E mais nos quais choram diluvios os dois em harmonia.

Há quem já esteja farto de me ler estes meus gestos,
Para esses serão estes apenas versos indegestos?.

Mas para esses que até familia são,
Vai a mais profunda compreenção pela incompreenção,
Da importância que teriam ao estender-me a mão.

Vejo coisas que me revoltaram muito mais,
Toda a minha vida será um remar contra os demais?
Se não aguentar? Caírei ainda mais?

Todos fogem do intimo de mim... por ser penoso para mim?
E será que ainda assim... Serei um monstruoso repelente sem fim?
Às vezes fico no fim... A pensar se vale a tormenta tanto assim?

Queria deixar todos mais despreocupados e animados,
Mas tanto como eu serão voces os culpados.

Também sou assim…

Agora agitas a bandeira por qualquer coisa,
O sentimento ficou onde a alma já não poisa,
O gozo ficou como palavra apenas negativa,
Qualquer um pode ser o herói desta narrativa.

Explicar o que quer que seja ficou suspenso,
E a necessidade de perceber perde-se no que eu penso.
Assim se deu lugar ao que importa sou eu,
Sem crer perceber que foi que lhes aconteceu…
Porque só importará se eu tiver algo que ver,
Se me for distante, quero lá saber…

E batem-me e pregam-me e colam em mim,
Aquelas ideias, aquelas frases cheias de incoerência sem fim.

E eu, relutante e revoltante, viro do avesso!
Chuto, esmurro e nunca me detenho no acesso!
Não sei se de coragem se de puro nojo aceso.

E matam-me então com mais da infinita evidência,
Que é querer lutar contra “Pronto. Paciência…”.

O meu espelho

Ausente para que ninguém me chateie
Há demasiadas coisas que podemos dizer,
E quem diria que com um sorriso se poderia reconhecer
Que falhamos mesmo que sem querer, mesmo sem saber,
Aprendeste isto a sorrir para a tua maneira errada de viver

Tudo o que vais apanhando com as mãos cheias de sujidade,
É metade da merda que absorves com os olhos, e na verdade,
Fica o olhar baço, com tanta areia que atirar para prenderes a liberdade,
E é a olhos vistos que te enganas para que consigas suportar a sinceridade.

Enquanto arrumas, enxugas e dobras e usas as mãos para desfazer o sonho,
Agarras com elas a esperança da estúpida estabilidade que rompe o que proponho,
E usas a ponta dos dedos para trazer a alguém o prazer que entretanto sonho,
Seja instantâneo como qualquer coisa que compões e que eu disponho.

Na verdade são partes, partes de um todo que não se deveriam distinguir,
E junta-las será uma das artes que terás de aprender a esgrimir,
Ficas tu sentado em frente a mim a copiar os gestos que estou a reflectir.