Sou, Sei. Sinto.

Com mil cuidados entro no teu olhar,
Para que não o desvies sem eu me concentrar,
Sou versos, mas tu és o significado.
És a inspiração á qual ando colado.

Mais que todos os teus cabelos,
Que sem querer aprendi a seguir,
Sou os gestos... que só quero repetir.

Somos um só, quando penso só em ti,
Mas não sei se é homogénea a simplicidade,
Que não me esqueci de encontrar em ti.

Já não sei onde pára o meu olhar,
Porque te percorre acelerado sem parar,
Mas envergonhado por só te querer abraçar.

Sempre que os lábios que quero tocar se movem,
São mil desejos, interesses, loucuras que me ocorrem.
São tantas as palavras que não correm...

As linhas que escrevo são o sub-texto que quero lido,
Como as linhas todas que com carinho e atenção eu sigo,
Sei bem o que consigo... Amar-te, respeitar-te, ficar contigo

Sei que sou repentino quando expludo em sentimento,
Mas terá de sair tudo tal qual o armazeno aqui dentro.

Liberdade, Respeito e Verdade

Sobram as noites que conta,
E daquelas que, extenuado, perdeu a conta.
Sobra uma sombra companheira do seu faz de conta.

Mas sem se arrastar segura a esperança com força,
E quando correria mais rápido que qualquer côrsa...
Fica especado á espera que a vida o dobre o torça.

Do aço que não é feito... faz-se ceder aos poucos,
Mas levanta-se para levar nova dose de problemas... socos,
Destinados a deixar de pé apenas uns poucos.

É agora um exercito que marcha na sua direcção,
Aglutinando o positivo... deixando á vista a devastação,
Mas olha de frente intuitivo... combate com o coração.

E mais lhe escondem as verdades que julgam não querer saber,
Mais ele tem de descobrir para poder se reconhecer,
Mais fundo, intimo, franco... a verdade é o seu poder.

A mensagem que pôs na garrafa deixada á humanidade,
Foi a humildade de reconhecer a imperfeição... sua lealdade,
A arma de humanização maciça... é a liberdade, respeito e verdade.

Á força da verdade

A força que tenho para gritar,
destruiria a minha garganta d'um só golpe,
Porque a raiva que sinto dá para alimentar,
Guerras de milhares de dias... como que a galope,
Mas guardo o que estou a pensar... num poético envelope.


Gastaria a minha pele esfolando-me para entender,
O que é que faz avançar todas as piores figuras que eu conheço,
E deixar-me-ia então aceitar o meu papel de apenas entorpecer,
Mas eu sei que é demasiado o preço e melhor o que mereço.


Cansado demais para que possa movimentar os membros poéticos,
Fico apático... e assim peco pela ausência da minha opinião fundamentada,
Agastado em demasia com todos problemas deveras patéticos,
Gasta-me assim o diabo da vida que eu queria forte e sustentada.


Fazem em tão jogos psicológicos, apenas para construção negativa,
Porque assim podem reutilizar todas as fraquezas como apenas aparentes,
Mas tudo o que querem é manipular, usar, controlar de forma ostensiva,
A mente da humanidade... palavra que há muito deixo de ser saliente.


Os livros da escola contam aquilo que se conseguiu medir,
Os poemas são distorsões... mas são verdades do que estamos sempre a sentir