este poema foi feito depois de ter emitido o meu programa a falar sobre a doença de Alzheimer. Um tema que me tocou bastante!
São seladas à força, com cuspo,
As recordações que se mantêm como tal,
Tremulas miragens, em forma de susto,
Que agora te deixam quase em transe mental!
Todos os gestos sem valor, já não ficam,
Como coisas que nos autorizamos a lembrar,
Os teus dias já não esticam, porque não estão a passar.
Nos raros momentos em que dás a mão ao passado,
A tua cara ganha a vida que a ausência tirou,
Completas então um circulo agora sim fechado,
Mesmo que só por momentos o teu mundo não parou!
Não consigo lembrar-me da ultima vez,
Do que consegui ver em ti nesse dia... Finalmente!
Repete lá outra vez peço, em surdina, cordial e friamente.
Afasto-me da cadeira, ou do sitio onde estás,
Digo, penso e faço, com que este nosso problema seja teu,
Fiz tudo o que quis poder fazer, mas tanto faz,
O medo é humano e foi ele que me venceu.
Mais uma vez culpei tudo... quando fui eu a falhar,
O meu castigo é que ser é.. recordar!
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fruindo
Há 12 anos
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